1:31 da manhã |
Uma Crônica do Voyerismo Interior
Sabe que nesses dois meses de Big Brother Brasil eu me diverti muito? Pois é, mal via a hora de chegar em casa e assistir à gravação do programa.
Gostei muito do voyerismo, do bafafá, do povo comentando... Pô, agitou o país...
Torci por algumas pessoas, me irritei com tantas outras e ri muito.
E agora? Bom, agora ao invés de chegar em casa e correr pra televisão vou voltar a ler meu empacado Senhor dos Anéis, estudar, limpar a casa, sei lá.
Apesar de ser oficialmente um reality show o programa me proporcionou 2 meses de escape para a minha realidade, o que foi pra mim uma espécie de unreality show, pois vivendo a realidade daquela casa eu fugia um pouco da minha própria.
Ainda que me esquecesse por algumas horas no dia seguinte acordava infalivelmente cedo com um despertador chato pra ir trabalhar e confesso me pegar sorrindo de alguma merda do episódio do dia anterior.
Se a tevê serve pra entre outras tantas coisas para entreter, palmas para Big Brother Brasil.
Antes de pixar, lembre-se daquela máxima de Nietszche:
"Temos a arte para que a realidade não nos destrua."
Quando ele disse isto não consta que tenha excluido nenhum tipo de entretenimento barato...
Hoje vou pra cama sem o Jô, pois aquele despertador de alguns parágrafos acima vai infalivelmente me arremessar para meu próprio reality show.
Não ganhei um carro nem 30 nem 20 mil mas tenho uma gata linda brincando aqui perto, família e amigos e milhares de idéias, projetos e realizações para um dia me tornar um grande ator, um destes agentes capazes de fazer com que você se entretenha e acorde melhor no dia seguinte.
Em grande estilo, claro.
: )